Os milhões gastos pelo BNDES com seus ex-executivos
As trocas de comando em órgãos públicos têm um preço, quase sempre, superlativo. O BNDES gastou entre janeiro e agosto de 2019 — ano de estreia de governo e, portanto, recheado de substituições — R$ 3,9 milhões com ex-integrantes da sua diretoria: quase R$ 500 mil por mês.
Nessa fatura entram quarentenas, distribuições de lucros e outros benefícios previstos nos contratos dos executivos, pagos retroativamente.
Só para acertar as contas com o passado recente, entre janeiro e agosto, o BNDES desembolsou cerca de R$ 750 mil aos seus últimos três ex-presidentes.
Joaquim Levy já levou R$ 150,8 mil depois de ter sido demitido por Bolsonaro, em junho. Dyogo Oliveira, desligado ao fim do governo Michel Temer, em dezembro, recebeu R$ 546,1 mil neste ano. O antecessor dele, Paulo Rabello de Castro, exonerado em março do ano passado, levou R$ 58,3 mil em retroativos ao longo de 2019.