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Procuradoria denuncia servidor da Receita que acessou dados sigilosos de Bolsonaro ‘por mera curiosidade’

Luiz Vassallo e Fausto Macedo / O ESTADO DE SP

11 de outubro de 2019 | 18h44

Jair Bolsonaro. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O Ministério Público Federal no Espírito Santo denunciou à Justiça o servidor da Receita Odilon Alves Filho por ‘utilizar seu cargo público para ter acesso a dados restritos e sigilosos referentes ao presidente Jair Bolsonaro‘.

As informações foram divulgadas pela Procuradoria em Vitória – Ação Penal nº 5005094-11.2019.4.02.5002.

De acordo com a denúncia, no dia 30 de outubro de 2018, Odilon, que é agente administrativo na agência de Cachoeiro de Itapemirim, ‘se utilizou, de forma imotivada e indevida, do acesso restrito ao sistema informatizado da Receita Federal para visualizar informações fiscais do presidente’.

A conduta de Odilon foi descoberta pela Corregedoria da Receita Federal.

O acesso ilícito permitiu que o acusado tivesse contato com os dados cadastrais e os rendimentos e ganhos de capital percebidos e tributados pelo imposto de renda do pesquisado. Ainda de acordo com a denúncia, essa consulta ‘teve o objetivo de satisfazer mera curiosidade do acusado’.

Para o procurador da República Aldo de Campos Costa, autor da denúncia, isso configura o crime previsto no artigo 325, parágrafo 1.º, inciso II, do Código Penal: revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação, se utilizando, indevidamente, do acesso restrito.

A pena para esse tipo de crime varia entre dois e seis anos de prisão e multa.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem tenta contato com a defesa de Odilon Alves Filho. O espaço está aberto para manifestação.

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