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“TABATA ESTÁ SENDO TRATADA DE FORMA IMORAL POR PDT”, DIZ FELIPE RIGONI

Desde a reforma da Previdência, o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) passou a ser reconhecido como um dos dissidentes da esquerda. Ele considera uma situação normal ser julgado internamente por seu voto a favor da aprovação se sua sigla assumiu posição contrária. Mas pondera haver um limite para essa contestação, que teria sido ultrapassado no caso de sua amiga e deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). Rigoni vê com indignação a forma como ela está sendo tratada publicamente.

 

“O que está acontecendo com a Tabata foge do campo do mérito, da discussão sobre a votação da Previdência. Ela passou a sofrer ataques pessoais. Está sendo tratada de forma imoral pelo PDT. Isso não é política, isso é coronelismo”, disse Rigoni.

 

O deputado se refere exatamente às críticas de líderes do partido como o presidente Carlos Lupi e o ex-governador Ciro Gomes , além de ataques publicados em redes sociais por representações regionais do PDT. 

 

“Ela está sendo chamada de traidora em páginas oficiais dos diretórios do partido. Percebo que tudo isso se tornou uma grande decepção para ela”, disse Rigoni, que tem conversado “o tempo todo” com Tabata sobre a reação aos dissidentes.

 

O deputado informou que elaborou, com Tabata, nove emendas ao projeto da reforma da Previdência. “Quatro delas foram aceitas. E concluímos que a reforma era muito mais positiva do que negativa”, disse Rigoni, que destacou a importância do momento atual para os partidos de esquerda. “Você vai para a mesa de negociação, apresenta suas propostas, elas são aceitas e, mesmo assim, você não vota a favor por uma questão partidária? Isso só nos leva a concluir que é preciso reformular a maneira como a gente faz oposição aqui no Brasil”, ponderou Rigoni.

 

Sobre sua relação com o PSB, ele aponta uma incoerência na postura do partido: “Eles sempre souberam dessa minha posição sobre a Previdência. Eu sempre me posicionei a favor da reforma”. O Conselho de Ética do partido decidiu instaurar um processo  contra os deputados do partido que votaram a favor da reforma da Previdência. Os deputados terão 10 dias para apresentar as defesas, e as punições podem variar de advertência até expulsão.

 

Rigoni considerou um equívoco penalizar um parlamentar por causa de um voto. “As pessoas devem ser avaliadas como um todo. O partido deveria analisar todas as opiniões daquele deputado, todos os seus votos e julgar se estão em sintonia com a linha do partido. Se não estiverem, eu também acho que tem de expulsar”, disse.

 

Em sua análise, o deputado disse estar em sintonia com o PSB em temas como educação, infraestrutura, ciência e tecnologia, e políticas sociais. “Mas minha visão de economia é diferente do partido. Reconheço e sempre deixei isso claro desde a campanha. Sou mais liberal, acredito em uma economia de mercado forte.”

 

E se for expulso? “Vou aceitar a decisão, sair de maneira pacífica e buscar novos caminhos.” ÉPOCA

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