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Jair Bolsonaro já não governa nem a si mesmo.

A Presidência de Jair Bolsonaro tem apenas quatro meses e meio de existência. Em condições normais, um governo assim, estalando de novo, deveria transformar o calor das urnas recém-abertas em energia para impulsionar as mudanças prometidas na campanha eleitoral. Mas o capitão conseguiu o inimaginável: transformou a legitimidade do voto em fumaça. Já respira uma atmosfera de final de mandato. Bolsonaro cria crises do nada. Seu governo tornou-se um ninho de cobras. O guru presidencial Olavo de Carvalho e suas serpentes ideológicas enxergam no pedaço militar da equipe um punhado de víboras golpistas. Ministros como Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça), assistem à diluição dos seus hipotéticos superpoderes num caldeirão de polêmicas inúteis.

 

No Congresso, potenciais aliados do centrão juntam-se à oposição para impor derrotas em série ao Planalto. Faltava o ronco do asfalto para que a tempestade fosse perfeita. Não falta mais. O governo cometeu tantos erros na estratégica área da Educação que conseguiu acordar as ruas, que andavam adormecidas desde o impeachment de Dilma Rousseff.

 

Com a popularidade em baixa, o capitão poderia considerar a hipótese de sentar à mesa e negociar a sério. Mas ele se comporta como se desejasse virar a mesa. Briga no Congresso com os mesmos atores que retiraram o chão de Dilma. E chama os manifestantes de "idiotas úteis".

 

O Brasil precisa de bom senso, reformas, emprego e decência. Sob Bolsonaro, crescem a balbúrdia e o desemprego. O filho 'Zero Um' acaba de ter os sigilos bancário e fiscal quebrados. E o presidente, em vez de moderar, atiça. Bolsonaro não consegue governar nem a si mesmo. Seu descontrole devolve a carta do impechment ao baralho. JOSIAS DE SOUZA

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