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Joice cria 'gabinete de inteligência' para tirar dúvidas sobre reforma da Previdência

Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo

02 de maio de 2019 | 14h04

 

BRASÍLIA - A líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), vai criar um "gabinete de inteligência" para tirar dúvidas de parlamentares sobre a reforma da Previdência. Segundo ela, a ideia foi gestada com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e o gabiente vai funcionar na sala da deputada na Câmara.

Joice Hasselmann
Para Joice, houve avanço na articulação entre Executivo e Legislativo nas últimas semanas. Foto: Adriano Machado/Reuters

De acordo com a líder, a ideia é manter sempre um técnico do Ministério da Economia à disposição dos parlamentares. Serão três ou quatro especialistas que vão se revezar na função, disse, sempre com dados disponíveis, inclusive regionalizados.

Ela explicou que não será preciso marcar horário. O deputado que quiser, basta chegar e entrar para conversar com o técnico. O serviço deve começar a funcionar na próxima terça-feira, 7.

Segundo a parlamentar, o gabinete também vai produzir conteúdo sobre a reforma para que deputados e senadores usem em suas redes sociais.

Avanço na articulação

Joice se reuniu nesta quinta com Marinho em seu gabinete para tratar da articulação e de alguns pontos da reforma da Previdência. Há uma pressão por parte de líderes para a retirada dos Estados e municípios da reforma, mas o governo quer manter. "Tudo está caminhando com mais tranquilidade do que em um passado recente", disse ela sobre a articulação.

Para Joice, houve avanços significativos na articulação entre Executivo e Legislativo nas últimas semanas. Ele acredita que haverá tempo hábil para se aprovar uma reforma robusta ainda no primeiro semestre na Câmara, "com o tamanho que precisamos". Segundo ela, agora as conversas são para manter uma economia robusta com a reforma, "sem lipoaspiração".

Ela voltou a afirmar que as alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos de baixa renda, e na aposentadoria rural na Comissão Especial já são dadas como certas, mas que as mudanças no texto devem parar por aí. "Agora deu, se abrir muita concessão não resolvemos o problema", afirmou.

Marinho reforçou o discurso de Joice e afirmou que o importante agora não é mais se a reforma será aprovada, o que para ele já é certo, e sim qual será o tamanho da economia. O secretário disse que a equipe econômica está sendo demandada para ter um relacionamento mais estreito com o Parlamento e que ele achou "de bom tom e pertinente" a criação do "gabinete de inteligência".

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