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Procurador ironiza gastos do STF e pede suspensão das obras no museu do tribunal

Fachada do STF, em Brasília

O procurador Lucas Furtado pediu para o TCU abrir um processo e investigar a legalidade das obras de ampliação do museu do STF, autorizadas pela corte do próprio Supremo na sessão de anteontem.

De imediato, Furtado solicita uma medida cautelar para suspender o início dos trabalhos. A intervernção custaria R$ 2 milhões. O escritório de arquitetura de Paulo Mendes da Rocha, escolhido sem licitação, receberia R$ 240 mil.

Em seu despacho, o procurador faz duras críticas à decisão dos ministros de chancelar a obra num momento de crise:

 — O Poder Público não pode, sem prejuízo para o adequado funcionamento das instituições, conviver com escândalos e com o descrédito, sem falar nas elevadas despesas as quais não são nem mais remotamente acessíveis aos contribuintes de quem, ao final e ao cabo, são exigidos os recursos para custeá-las. 

Furtado vai além. Lembra que em maio entrou com uma representação contra uma outra ordem de despesa do Supremo, relativa a “serviços de fornecimento de refeições institucionais”, que incluía lagosta e vinhos importados.

O procurador usou de sutil ironia no parecer em que pleiteia à suspenção das obras no museu do STF. Ele abre o documento com uma frase: 

 — Com lagosta, Château Cheval Blanc harmoniza bem.O GLOBO

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