Covid-19: Brasil tem aumento de mortes e registra 2.841 óbitos
O Brasil registrou hoje (16) um aumento no número de mortes em decorrência da covid-19. Segundo o boletim atualizado do Ministério da Saúde, o país registrou 2.841 mortes em 24 horas.
No total, o número de óbitos chegou a 282.127. Segundo o informe, ainda há 3.045 mortes em investigação por equipes de saúde estaduais. O número de casos confirmados desde o início da pandemia é de 11.603.535, com 83.926 casos registrados em 24 horas.
O número de pessoas recuperadas chegou a 10.204.541 - 87,9% do total de infectados. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.116.867.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras, eles tendem a ser maiores, já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim de semana.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (64.902), Rio de Janeiro (34.445), Minas Gerais (20.715), Rio Grande do Sul (15.606) e Paraná (13.936). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.140), Amapá (1.195), Roraima (1.250), Tocantins (1.715) e Sergipe (3.163).
Vacinação
Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídas 20,1 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 12,2 milhões de doses, sendo 9,1 milhões da 1ª dose e 3 milhões da 2ª dose.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira / AGÊNCIA BRASIL
AL aprova compra da vacina russa Sputnik V pelo Governo do Estado
Entre os projetos de lei do Poder Executivo, o 33/21 autoriza, nos termos da Lei Federal n.º 14.125, de 10 de março de 2021, o Estado do Ceará a celebrar operação contratual para fornecimento de doses da vacina russa Sputnik V junto à empresa Limited Liability Company “Human Vaccine”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT), informou, no início da sessão remota, que serão adquiridas de forma direta 5,87 milhões de doses do imunizante. “Essa medida do Estado é fundamental para agilizar e garantir maior quantidade de vacinas para o Ceará e reforçar a campanha nacional de imunização, que atingiu 584.643 doses aplicadas até esta segunda-feira, 15 de março”, ressaltou.
De acordo com artigo 2º do projeto, o Executivo fica autorizado, por meio de decreto, transpor, remanejar, transferir ou utilizar, total ou parcialmente, as dotações aprovadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, bem como criar novas ações orçamentárias de forma a adequar a estrutura vigente para atingir o objetivo da lei.
Também do Governo, foi aprovado o projeto de lei 32/21 que autoriza o Executivo, diante do contexto social e econômico ocasionado pela Covid-19, a proceder com o pagamento de débitos referentes a contas de energia em benefício de empresas ou microempreendedores individuais (MEI) que atuam no setor para alimentação fora do lar.
O projeto de decreto legislativo 13/21, de autoria da mesa diretora, prorroga, até 30 de junho de 2021, a ocorrência do estado de calamidade pública, estabelecida por meio dos Decretos Legislativos n.º 545, de 8 de abril de 2020, n.º 546, de 17 de abril de 2020, nos municípios de Abaiara, Amontada, Beberibe, Chaval, Croatá e Eusébio. A matéria recebeu uma emenda aditiva do deputado Evandro Leitão, incluindo o município de Viçosa do Ceará; e outra emenda, do deputado Sérgio Aguiar (PDT), que adiciona o município de Frecheirinha ao decreto.
Foram aprovados ainda dois projetos de indicação de parlamentares. O 130/19, de autoria da deputada Aderlânia Noronha (SD) e do deputado Tadeu Oliveira (PSB) e coautoria do deputado Acrísio Sena (PT), dispõe sobre a criação do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência no Estado do Ceará. O projeto recebeu uma emenda modificativa de autoria do deputado Júlio César Filho (Cidadania).
Já o 03/20, do deputado Soldado Noélio (Pros), dispõe sobre a permanência de acompanhantes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e maternidades, da rede pública e privada.
AGÊNCIA DE NOTICIAS DA AL/CE - DANIEL SAMPAIO
GS/CG
Evandro Leitão destaca aquisição de vacinas e novo serviço de Telessaúde
Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão faz anuncio durante sessão plenáriaFoto: Edson Júnio Pio
O projeto 33/21 autoriza o Estado a realizar a operação contratual para a aquisição de forma direta de 5,87 milhões de doses da vacina Sputnik V. O presidente considerou que essa talvez seja a medida mais importante tomada até então. “Só a vacina vai ser capaz de trazer de volta à normalidade a vida social e as atividades econômicas.”
Evandro Leitão ressaltou as 584.643 doses já aplicadas em todo o Ceará até 15 de março, e lamentou as 279.286 vidas perdidas para a Covid-19 em todo o Brasil, e entre elas, 12.355 cearenses.
“Quero lembrar que todos os esforços até aqui vêm da união de governadores e prefeitos de todo o Brasil para chegarmos a um objetivo comum que é a imunização da população. Espero também que, com a chegada do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no momento mais crítico da pandemia, possamos trabalhar em conjunto em todas as instâncias”, frisou.
O parlamentar destacou ainda a leitura do projeto de lei 32/21, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o Estado, diante do contexto social e econômico ocasionado pela Covid-19, a proceder ao pagamento de débitos referentes a contas de energia em benefício de estabelecimentos do setor para alimentação fora do lar. “Mais uma medida que se alinha a outras, já aprovadas por esta Casa, no sentido de minimizar os impactos econômicos da pandemia nos trabalhadores”, explicou.
O presidente informou ainda que, a partir de segunda-feira (22/03), será disponibilizado canal telefônico para a implantação piloto do serviço de Telessaúde, do Departamento de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa (DSAS). Segundo ele, será um número específico em que servidores poderão ligar para tirar dúvidas, buscar orientações e possíveis atendimentos nas áreas de psicologia, nutrição, psiquiatria e práticas sistêmicas integrativas.
A profissional do serviço social do DSAS, Dra. Ednira Borges, será a responsável pelo contato, acolhimento, triagem e encaminhamento aos serviços especificados. “Vale ressaltar que já é possível solicitar atendimento em psicologia e nutrição no departamento desde março de 2020, quando iniciou a pandemia no Brasil. À medida que as atividades forem sendo retomadas, os demais serviços do DSAS serão incluídos no Telessaúde”, acrescentou. São eles: fisioterapia, terapia ocupacional, acupuntura, fonoaudiologia, odontologia, clínica médica, enfermagem, assistência social e análises clínicas.
Evandro Leitão prestou solidariedade aos familiares e desejou melhoras aos servidores Edmilson Felipe de Sousa, Rosali Paixão e Cosme Neto. “Esses servidores foram acometidos pela Covid-19, estão em estado grave, em leitos de UTI, então deixamos aqui nossas orações e desejo por melhora, para que possam voltar ao convívio dos seus o mais rápido possível”, disse.
PE/AT/LF - AGÊNCIA DE NOTICIAS DA AL/CE
Assembleia ou Câmara? Ex-prefeitos cearenses se movimentam para continuar na vida pública em 2022
Ainda que não admitam diretamente, políticos derrotados ou que passaram o comando do Executivo para aliados em cidades do Ceará nas eleições de 2020 já pensam no que fazer para garantir vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados na disputa do ano que vem. Faltando mais de um ano para o início oficial da campanha, já fervem nos bastidores articulações visando a composição da futura bancada de parlamentares. Alguns ponderam, no entanto, que o momento também é de priorizar o combate à pandemia de Covid-19 no Estado.
Dividir colégios eleitorais com aliados, considerar o capital político angariado nas últimas eleições e estabelecer a posição dos partidos entre base e oposição são algumas tratativas atuais. Observando a base de apoio, ex-prefeitos e ex-candidatos investirão em fortalecer seus territórios, e isso passa pela articulação feita diretamente em municípios estratégicos.
Entre os agentes políticos que já articulam bases eleitorais, movimentam aliados e discutem a composição das legendas, estão os ex-prefeitos de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra (PTB); de Caucaia, Naumi Amorim (PSD); Firmo Camurça (PSDB), de Maracanaú; Argemiro Sampaio (PSDB), de Barbalha, e Ilário Marques (PT), de Quixadá. Oscar Rodrigues (MDB), candidato derrotado na disputa pela Prefeitura de Sobral em 2020, também está de olho em 2022. DIARIONORDESTE.
Programa Wi-Fi Brasil instala 13,2 mil pontos de acesso via satélite
Nos últimos dois anos, o programa Wi-Fi Brasil, coordenado pelo Ministério das Comunicações (Minicom), em parceria com a Telebras, instalou 13.213 pontos de internet via satélite banda larga e de alta velocidade em regiões remotas do país. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (16) pela pasta.
Ao todo, cerca 8,5 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa. Desse total, 80% vivem em localidades das regiões Norte e Nordeste. A expectativa do governo é que o número de pontos ultrapasse a marca de 18 mil até o fim deste ano. Dos 5.570 municípios brasileiros, quase 3 mil já foram atendidos pelo projeto.
O Wi-Fi Brasil atua em duas modalidades. Uma delas instala antenas e roteadores em locais específicos, como escolas, assentamentos rurais, unidades básicas de saúde, aldeias indígenas e telecentros comunitários. A outra modalidade disponibiliza uma antena em praça pública com acesso e livre e gratuito ao público em geral.
Dos mais de 13 mil pontos já instalados, cerca de 10 mil estão em áreas rurais e isoladas dos centros urbanos. Segundo o Minicom, são pontos de conexão com a internet que geram velocidades de conexão que variam entre 10 e 20 megabites por segundo.
As antenas do Wi-Fi Brasil recebem o sinal enviado pelo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), equipamento brasileiro que fica a 36 mil quilômetros de distância da Terra. O SGDC entrou em órbita em 2017 e é o único satélite brasileiro com capacidade de fornecer conexão de internet banda larga de alta velocidade em qualquer parte do território nacional. De uso misto, civil e militar, o satélite também dá apoio às atividades das Forças Armadas em projetos estratégicos de defesa nacional.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL
Coronavírus: 5 medidas que o novo ministro da Saúde precisa tomar urgentemente
Por Gilson Garrett Jr. / EXAME
Após várias reuniões com aliados e possíveis candidatos, o presidente Jair Bolsonaro escolheu o médico Marcelo Queiroga para ser o novo ministro da Saúde. A oficialização ainda depende da publicação em Diário Oficial, mas ele já fala como o novo titular da pasta.
Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (16) que dará continuidade ao trabalho do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e garantiu que a política de enfrentamento à covid-19 no país "é do governo Bolsonaro e não do ministro da Saúde".
"O ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a este trabalho para conseguirmos vencer esta crise na saúde pública", afirmou o médico na chegada à reunião com a cúpula do Ministério da Saúde para discutir a transição do comando da pasta. "Não vim para avaliar gestão Pazuello, vim para trabalhar pelo Brasil", completou.
O novo ministro assume a pasta no pior momento da pandemia, com uma média diária de mortes pela doença superior a 1.500. Muitos estados estão com o atendimento em colapso porque os leitos de UTI atingiram 100%. Especialistas em saúde elencam as cinco prioridades que precisam ser adotadas pelo futuro ministro da Saúde.
1- Lockdown nacional
O grupo de pesquisadores do Observatório Covid-19 BR publicou um manifesto há duas semanas pedindo um lockdown imediato em todo o Brasil de pelo menos 14 dias para frear o avanço da doença no país.
Além de parar os serviços não essenciais e restringir a circulação de pessoas, o grupo pede “a aprovação imediata de um auxílio emergencial no valor de 600 reais até, no mínimo, que os indicadores da epidemia tenham se reduzido para possibilitar a reabertura da economia”.
A mesma opinião é compartilhada por Gonzalo Vecina, um dos maiores médicos sanitaristas do país e que criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Primeiro precisamos garantir a redução de contatos, para reduzir o número de casos. É preciso adotar isolamento social, uso de máscaras, higiene, não aglomeração em locais fechados”, diz.
2- Acelerar a compra e distribuição de vacinas
Segundo o levantamento feito pelo consórcio de imprensa, 10.081.771 pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a covid-19. Este valor é a soma dos 26 estados mais o Distrito Federal e equivale a 4,76% da população brasileira. O ritmo de vacinação no país está atrás de Israel, Estados Unidos, e até do vizinho Chile.
Natalia Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência, diz que a única solução para a covid-19 é a vacinação. “Tradicionalmente, doença infecciosa pandêmica, principalmente viral, a gente resolve com vacinas. A gente nunca resolveu com medicamento”, diz.
O Ministério da Saúde comprou até o momento 560 milhões de doses, sendo a maior parte da Fiocruz/AstraZeneca, com 210 milhões de doses. Mas deste total, distribuiu pouco mais de 20 milhões.
Gonzalo Vecina diz explica que o Brasil tem tradição em grandes campanhas de vacinação em massa e que poderia aplicar quase 1 milhão de doses por dia, mas o grande problema está na capacidade de ofertar o imunizante na ponta, para as prefeituras.
3- Financiamento de leitos de UTI
Hospitais em todo o país estão sobrecarregados e com a capacidade em colapso. Na região Sul do Brasil, os três estados enfrentam problemas. Em Santa Catarina mais de 100 pessoas já morreram na fila enquanto aguardavam um leito de UTI. Durante o auge da pandemia, no meio do ano passado, o Ministério da Saúde mandou recursos para estados e municípios pagarem a conta de mais leitos. Mas este dinheiro acabou em 2021.
“Aumentar o financiamento de leitos de UTI ajuda a diminuir o desastre dos serviços de saúde”, alerta Vecina. Na semana passada o Ministério da Saúde liberou recursos para o pagamento de 3.201 leitos de UTI em todo o país, mas estados, como São Paulo, dizem que ainda não receberam o dinheiro e que estão bancando os leitos com recursos próprios.
4- Gestão coordenada
Desde que o general Eduardo Pazuello assumiu o Ministério da Saúde, toda a coordenação de combate à pandemia de covid-19 ficou sob a responsabilidade de estados e municípios. Na avaliação dos especialistas em saúde pública ouvidos por EXAME, o governo federal precisa ser o ponto de referência de todas as decisões, que podem ser tomadas de forma regional, mas com o olhar nacional.
Em carta aberta publicada no começo de março, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pediu que o Ministério da Saúde tomasse uma série de medidas de forma coordenada e única para sair da crise sanitária. Dentre elas está um toque de recolher nacional, fechamento de bares e de praias.
5- Comunicação nacional
O Ministério da Saúde, até o momento, defendeu o uso de remédios não comprovados para o tratamento da covid-19, e deixou de orientar sobre medidas de isolamento social, amplamente defendidas por médicos e cientistas.
Os secretários de Saúde pedem a implementação de um Plano Nacional de Comunicação, com o objetivo de reforçar a importância das medidas de prevenção e esclarecer a população.
“Uma das medidas que precisam ser adotadas são campanhas publicitárias explicando as razões de estarmos neste momento da pandemia, falar das novas variantes e de seu poder infectante. Precisamos da gestão de comunicação do Ministério da Saúde”, diz Gonzalo Vecina.
(Com Estadão Conteúdo)