O pêndulo de ilações de Janot e Temer
Saiu a tão aguardada e previsível denúncia do procurador Janot contra Temer. Repleta de contundência nos epítetos, com termos que beiram a ofensa e achincalhe, a peça jurídica peca na essência das acusações: as provas. Ou a falta delas. Como espinha dorsal do processo está a tese de que o presidente foi o beneficiário final ou solicitante dos famigerados R$ 500 mil.
Temer resiste? ISTOÉ
Na segunda-feira 26, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, abriu seu arsenal de acusações contra o presidente da República, Michel Temer, com uma denúncia que até faz sentido enquanto narrativa, mas que ainda carece de provas materiais – essenciais para se condenar alguém. Diante do inegável peso político dos petardos e da perspectiva de que eles não cessarão tão cedo, a pergunta que se impõe é: Temer irá resistir? Há semelhanças e diferenças relevantes entre os processos de afastamento que depuseram os ex-presidentes Fernando Collor, em 1992, Dilma Rousseff, em 2016, e o de agora, em que se deseja apear do poder o presidente Michel Temer. O atual, mesmo com aparência de frágil, não inspira profecias de idêntico desfecho, por ser improvável que vá se render tão cedo ou em algum momento. Mesmo com 7% de aprovação popular, o presidente da República demonstra resiliência.
Tasso busca apoio para a caatinga no Ceará
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) conheceu nessa sexta-feira (30) a proposta de implantação de um Centro Regional de Articulação e Difusão de Tecnologia para o Bioma Caatinga, em Quixeramobim, durante reunião com o superintendente do Ibama no Ceará, Herbert Lobo. O parlamentar cearense garantiu empenho para buscar apoio junto ao Ministério do Meio Ambiente, por meio do ministro Sarney Filho, além do presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Tasso ainda buscará as bancadas cearense e nordestina. A caatinga é endêmica do Nordeste brasileiro, não existindo em nenhum outro lugar do mundo. COM BLOG DO ELIOMAR
Fachin nega liminar solicitada pela JBS para vender ativos no Mercosul
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou a liminar (decisão provisória) solicitada pelos donos do frigorífico JBS para vender ativos da empresa nos países do Mercosul. A decisão de Fachin foi assinada nesta sexta-feira (30), mas cabe recurso ao próprio tribunal.
Nem greve, nem geral
O Estado de S.Paulo
01 Julho 2017 | 03h05
Pedir-lhes que respeitem o direito constitucional de cada um poder ir e vir livremente é exigir demais de alguns arruaceiros travestidos de líderes sindicais e representantes dos chamados “movimentos sociais”. Para esta turma, a própria noção de “direito constitucional” é maleável, aceita como tal apenas quando não colide com a sua pauta de reivindicações. Resta, então, apelar para que na convocação da próxima “greve geral”, em nome de um resquício de honestidade, ao menos respeitem o sentido que as palavras devem ter e façam o chamamento de mazorca, que é só o que pretendem promover.
O grito do silêncio
João Domingos, O Estado de S.Paulo
01 Julho 2017 | 03h00
Qualquer análise que se faça sobre a greve geral convocada para ontem por centrais sindicais e movimentos sociais contra o governo de Michel Temer e suas reformas nos leva a concluir que o fracasso foi retumbante. Uma greve geral contra o governo que não se propõe a ocupar a Esplanada dos Ministérios, como a de ontem, não pode ser considerada uma greve geral. Nem para registro histórico serve.
Os organizadores tiveram medo de que só aparecessem uns milhares de gatos pingados, como na greve do dia 28 de abril, que nas contas deles registrou 10 mil na Esplanada, mas na da Polícia Militar, 3 mil. Dez mil ou 50 mil na imensidão do espaço de cerrado que fica entre os ministérios é o mesmo que nada.