Delcídio sobre diálogo de Dilma e Lula: ‘Grampos corroboram o que falei’
O senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) reagiu à divulgação dos grampos em que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula conversam sobre uma ofensiva para conter a Lava-Jato. “Tudo isso que está acontecendo corrobora o que eu falei. Alguém agora tem alguma dúvida de que o governo estava interferindo na Lava-Jato?”, disse Delcídio ao Radar. O senador foi irônico sobre o fato de Lula e Dilma, assim como ocorrera na véspera com Aloizio Mercadante, terem sido grampeados em conversa tentando obstruir investigações — razão que levou à sua prisão, em novembro: “O veneno do escorpião que me picou vai acabar com o governo”. Delcídio não deixou de comentar o fato de ter sido chamado de “canalha” pelo ex-ministro da Casa Civil e agora ministro do gabinete (sic) de Dilma, Jaques Wagner: “Você viu? Para mim foi um elogio!”. VEJA
Eu não imaginei que era tão canalha, diz Wagner sobre Delcídio
Em conversa com Lula, o ex-ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner reclama com o ex-presidente sobre a delação de Delcídio Amaral
A gravação interceptada pela Polícia Federal de uma conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma pegou também um diálogo com o ex-ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner. O grampo é do dia 4 de março, data em que Lula foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Ministros do STF se dizem perplexos com áudios e evitam exposição
BRASÍLIA - A divulgação de áudio em que a presidente Dilma Rousseff conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e combina de enviar a ele seu termo de posse, antes da nomeação oficial, gerou perplexidade entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da Corte foram pegos de surpresa com a notícia ao deixarem a sessão plenária desta quarta-feira, 16. Abordados por jornalistas com a informação, os ministros ouviram o áudio na saída do plenário, se mostraram espantados e preferiram reserva.
Lava Jato pegou conversas de Lula e Dilma no telefone
A operação monitorou conversas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
A Operação Lava Jato monitorou conversas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sugerem tentativa de influência no Ministério Público e no Judiciário e também conversa desta quinta-feira entre o ex-presidente e a presidente Dilma Rousseff e o ministro. “Trata-se de processo vinculado à assim denominada Operação Lava Jato e no qual, a pedido do Ministério Público Federal, foi autorizada a interceptação telefônica do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de associados”, registra o juiz Sérgio Moro.
Disfarçado de ministro, Lula assume seu terceiro mandato (e foge de Moro)
Alvo de uma denúncia por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e na mira da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira assumir o Ministério da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. A manobra garante ao petista foro privilegiado - e o livra das mãos do juiz federal Sergio Moro, que conduz as ações da Lava Jato em Curitiba. Já Dilma, que há muito não governa, apenas se contorce em manobras para permanecer no cargo, entrega ao antecessor o pouco poder que lhe restava.
Edição extra do Diário Oficial oficializará ida de Lula para Casa Civil
Uma edição extra do "Diário Oficial da União" será divulgada ainda nesta quarta-feira (16) com as nomeações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil; e a de Jacques Wagner para a chefia de gabinete da Presidência.
Com isso, o ex-presidente ganha prerrogativa de foro e poderá passar a responder perante o Supremo Tribunal Federal (STF) as acusações contra ele na Operação Lava Jato. Já o cargo de Wagner não é de ministro, e ele, assim, perde o foro privilegiado. Wagner, até aqui, não é investigado pela Operação Lava Jato.