O distritão melhora a política? Sim
O distritão melhora a política? O projeto voltou ao debate no Congresso. Miro Teixeira (Rede-RJ) diz por que o defende.
ÉPOCA – Por que o distritão é melhor?
Miro Teixeira – Você pode ter um tempo mais bem aproveitado na propaganda eleitoral de rádio e televisão. Pode ter uma campanha mais barata, porque não precisa encher uma chapa a fim de reunir votos para fazer quociente eleitoral. Hoje, cada partido lança um número de candidatos 50% maior que o número de vagas.
O distritão melhora a política? Não
A proposta do distritão não é nova. Mas foi resgatada no Congresso há alguns dias e está sendo debatida de novo. Luiza Erundina (PSOL-SP) diz por que é contra essa ideia.
ÉPOCA – Por que votou contra o distritão?
Luiza Erundina – O distritão é a pior solução política. É uma proposta atrasada, que existe apenas em quatro pequenos países no mundo. O Brasil, com seu nível de complexidade, com sua diversidade, com os graves conflitos que tem, não pode ter uma solução tão simplista. O distritão é um sistema muito excludente. Vai excluir a juventude, não vai renovar a política. Com ele, vão se reeleger os de sempre.
Transferência de açudes é ilegal, alerta Dnocs
Iguatu. Os açudes federais que irão receber águas da Transposição do Rio São Francisco deverão ser administrados pelos Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Pelo menos é o que prevê termo de compromisso firmado pelo Ministério da Integração Nacional com os respectivos governos estaduais. São 18 reservatórios que deixarão de ser administrados pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), que contesta a decisão.
De acordo com o termo de compromisso firmado pelo Ministério da Integração Nacional, a operação e manutenção integral dos reservatórios seria delegada aos quatro estados nordestinos. O Dnocs alega ilegalidade no ato de cessão administrativa dos reservatórios e contesta a decisão da pasta.
Somente no Ceará, sete açudes sairiam da gestão do Dnocs: Orós, Castanhão, Banabuiú, Atalho, Lima Campos, Quixabinha e Prazeres. A decisão ministerial foi tema de reunião promovida pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE), na última semana, com o diretor geral do Dnocs, Ângelo Guerra, e o procurador, Francisco Arlem de Queiroz Souza.
Barragem Germinal continua sangrando e Castanhão atinge nível histórico crítico
Conforme Cogerh, a Barragem Germinal, no Maciço de Baturité, continua sangrando após três meses.
A Barragem Germinal sangrou, atingiu o seu aporte hídrico máximo, há três meses, represando as águas do rio Pacoti. Hoje, o reservatório continua com 100% do seu volume, segundo o monitoramento da Cogerh, entretanto, os dados da capacidade do Germinal foram corrigidos para 2,1 milhões de m³, um milhão a menos em relação ao volume divulgado quando sangrou pela primeira vez, no dia 8 de maio passado.
Uma revolução
Aproveitou-se o espaço político aberto pela mais grave crise econômica de que se tem registro, para se tentar algumas reformas estratégicas. A mais importante delas a fim de se alcançar algum equilíbrio fiscal, imprescindível para a economia voltar a crescer em bases saudáveis, a da Previdência, encalhou na crise política. Mas foi possível modernizar-se, enfim, em boa medida, a arcaica legislação trabalhista. Sob protestos de grupos que sempre se beneficiaram da tutela que o Estado passou a exercer sobre os trabalhadores, a partir da era Getulio Vargas, responsável pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), feita em 1943, sob inspiração da Carta del Lavoro, do fascismo de Mussolini.
Distritão deve reduzir as chances de renovação na Câmara
BRASÍLIA - A eventual adoção do chamado distritão nas eleições de 2018 deve reduzir as opções de votos para o eleitor — e a chance de renovação da Câmara — com uma abrupta queda do número de candidatos nas disputas para deputado. Esta é a avaliação de lideranças partidárias de diferentes matizes ideológicas e é um dos motivos pelo qual o sistema é defendido pelos próprios parlamentares como o mais fácil para garantir a reeleição, mesmo com a grave crise de confiança na política potencializada pela Operação Lava-Jato.