Atuação de ex-procurador pode levar à invalidação de provas no caso da JBS
O procurador-geral da República Rodrigo Janot sustenta que a provável rescisão do acordo de colaboração judicial da JBS não invalida as provas obtidas por meio dos delatores. Pode não ser bem assim. Inaugurou-se nos bastidores do Supremo Tribunal Federal e da própria Procuradoria um debate sobre as consequências de uma reviravolta no acordo. As autoridades admitem que há, sim, o risco de anulação de determinadas provas. Isso tende a ocorrer se ficar comprovado que o ex-procurador Marcelo Miller orientou os delatores da JBS enquanto ainda era membro do Ministério Público Federal.
Joesley é preso por decisão de Fachin. Delação da JBS é suspensa
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin decretou a prisão temporária de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos da JBS que haviam feito acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. A prisão temporária foi determinada com base no pedido apresentado, na última sexta-feira, dia 8, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Fachin não autorizou, porém, a prisão do ex-procurador da República Marcello Miller, conforme pedido feito pelo chefe do Ministério Público. No começo da tarde do domingo, dia 10, Joesley e Saud se apresentaram na sede da superintendência da Polícia Federal em São Paulo para o cumprimento da ordem.
Os furacões Joesley, Geddel e Palocci / RUTH DE AQUINO
Nossos furacões atingiram em cheio o “apparatchik” dos Três Poderes e têm potencial para soterrar algumas candidaturas em 2018. O áudio vulgar do autodelator Joesley Batista, ao som de cubos de gelo no uísque. O bunker de R$ 51 milhões em oito malas e seis caixas, todas supostamente do peemedebista baiano Geddel Vieira Lima, que exigiram duas caminhonetes para transportar e sete máquinas para contar. O bombástico depoimento à Lava Jato de Antonio Palocci, um dos principais ideólogos do PT, contra o companheiro-mor, Lula.
Joesley e Saud devem ser transferidos para prisão em Brasília nesta segunda-feira
Empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS, e o executivo do grupo J&F Ricardo Saud, que Brasília nesta segunda-feira (11). Joesley e Saud tivarem suas prisões preventivas decretadas pelo ministro do ST Edson Fachin; pedido de prisão foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Jano; ministro acolheu parcialmente o requerimento do procurador porque não mandou prender outro personagem desse novo capítulo do caso JBS, o ex-procurador da República Marcelo Miller – sob suspeita de fazer jogo duplo em favor do grupo empresarial. PORTAL 24-7
ELIANE SAI EM DEFESA DE TEMER
247 – A colunista Eliane Cantanhêde comparou o encontro do procurador-geral Rodrigo Janot com o advogado Pierpaolo Bottini, ex-advogado de Joesley Batista, que hoje foi preso a pedido do PGR, com a reunião na calada da noite, nos porões do Jaburu, entre o empresário e Michel Temer.
"De férias, quero entender: Temer com Joesley fora da agenda não podia, Janot com Bottini pode????", questionou Eliane, com quatro interrogações. Segundo o MP, no encontro entre Joesley e Temer, combinou-se um crime: a compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, com aval da presidência da República.
Foto mostra Janot e advogado de Joesley Batista em bar de Brasília
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o advogado Pierpaolo Bottini, que defende o empresário Joesley Batista, um dos sócios da J&F, controladora do frigorífico JBS, tiveram um encontro em um bar de Brasília, neste sábado (9), segundo o site “O Antagonista”.
Um frequentador do local tirou uma foto do encontro, que aconteceu um dia após Janot pedir a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa. A prisão foi pedida depois da descoberta do áudio – aparentemente gravado por descuido – em que Joesley e Saud insinuam que esconderam dos investigadores, durante os depoimentos da delação premiada, crimes cometidos.
Na manhã deste domingo (10), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão temporária (de cinco dias) de Joesley e Saud. À tarde, ambos se apresentaram voluntariamente à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.