Justiça condena Doria
Juíza da 11.ª Vara da Fazenda Pública da Capital condenou João Doria (PSDB) por improbidade administrativa e impôs ao candidato ao governo de São Paulo a suspensão dos direitos políticos por quatro anos. Ele é acusado de suposta “promoção pessoal” com o uso do slogan Cidade Linda, informa o Estadão. Cabe recurso.
A gota d’água dos tucanos
A crise já rondava a campanha tucana fazia tempo. Afinal de contas, Geraldo Alckmin seguia patinando nas pesquisas, sem conseguir crescer. Mas o gigantesco tempo de propaganda eleitoral que o candidato tinha garantido mantinha uma espécie de fé no futuro – embora muita gente da campanha já sentisse o cheiro de queimado no ar.
Alckmin tem tempo de TV, estrutura e experiência. Falta só um detalhe: as intenções de voto
Durante mais de 12 anos, Geraldo Alckmin morou no segundo andar do Palácio dos Bandeirantes, um edifício de inspiração neoclássica, cuja ala residencial com 2.000 metros quadrados e 25 cômodos abriga o governador de São Paulo e sua família. Ao cruzar a sala principal rumo ao extenso corredor que liga a casa ao gabinete de trabalho, passava todos os dias por um piano de cauda de 1952, da tradicional marca americana Mason & Hamlin. Vivia cercado por cozinheiros, copeiros, arrumadeiras, garçons e seguranças, e convivia com um acervo de cerca de 3.500 obras de arte distribuídas pelo prédio. Desde que se afastou do cargo para concorrer pela segunda vez à Presidência da República, Alckmin passou a despachar num escritório alugado no bairro do Itaim Bibi, na região sul da capital. Voltou a morar em seu apartamento no Morumbi, a alguns quilômetros dali. Modesto, o imóvel virou motivo de deboche entre aliados. “O apartamento do Geraldo precisa de um guarda de trânsito”, disse um apoiador, emendando um suspense antes de terminar a piada. “Senão a cozinha acaba invadindo a sala.”
Judiciário deve ter cautela contra discurso de caça a políticos
Sob ataque permanente de setores da política, o Judiciário deve ter cuidado para não alimentar com as próprias mãos o discurso daqueles que se esforçam para lançar suspeitas sobre sua atuação.
Na largada de uma eleição já caracterizada por embates entre os dois campos, três protagonistas da disputa entraram na mira de juízes e promotores. O STF decidirá na próxima semana se abre processo contra Jair Bolsonaro por racismo. Fernando Haddad virou réu por improbidade. Geraldo Alckmin prestou depoimento em um inquérito de caixa dois.
Amoêdo quer ProUni da pré-escola ao ensino médio
Renata Cafardo e Luiz Fernando Toledo / O ESTADO DE SP
O candidato à Presidência João Amoêdo (Novo) defende um ProUni para pré-escola, ensino fundamental e médio. O ProUni é um programa criado no governo Lula que dá bolsas parciais ou integrais para estudantes de baixa renda em universidades privadas.
“As escolas públicas continuariam a existir e seriam fortalecidas, mas os pais teriam a opção de usar os recursos para colocar seus filhos em escolas particulares”, diz ele, em entrevista para o blog Eleição+Educação.
Em 2018, os sem-TV testam o poder da internet
O TSE confirmou o tempo que cada presidenciável terá para vender o seu peixe no horário eleitoral. Escancarou-se o paradoxo: Alckmin, sem voto, dispõe do maior latifúndio eletrônico da temporada: 5 minutos e 32 segundos de propaganda no rádio e na TV. Bolsonaro, primeiro colocado nas pesquisas sem Lula, terá 8 segundos —mal dá para dizer o nome. Nesse mato, quem não tem TV caça com a internet.
De acordo com levantamento do Ibope, 70% do eleitorado ainda se informa por meio da TV. Mas a proliferação dos celulares transformou a internet no segundo canal de acesso das pessoas às informações sobre política. A exemplo de Bolsonaro, candidatos como Marina (21 segundos) e Ciro (38 segundos) também terão derramar suor nas redes sociais para compensar o nanismo eletrônico.