Nó fiscal estadual ficará de herança
A situação fiscal dos estados piorou no ano passado, apesar da grande ajuda dada pelo governo, quando renegociou as dívidas deles e dos grandes municípios. A União deu mais 20 anos para pagar e reduziu o valor dos débitos para que a situação fiscal melhorasse. E o déficit primário dos estados saltou de R$ 2,8 bi para R$ 13,9 bilhões. Os governadores vão querer da administração Jair Bolsonaro mais ajuda para superarem atrasos com fornecedores e com funcionários. Esse será um dos dilemas do futuro governo.
Nem todos foram mal. O Espírito Santo foi o único a tirar A, a melhor nota de crédito dada pelo Tesouro. Em 2015, governadores e prefeitos de grandes cidades convenceram o governo Dilma a renegociar a dívida que já fora revista no período Fernando Henrique. Na época da pressão para a renegociação, o único governador a se opor foi Paulo Hartung. Ele dizia que a medida não resolveria o problema, como de fato não resolveu. A negociação ficou inconclusa por causa do impeachment. O governo Temer já começou pressionado por uma liminar do STF para fechar o acordo. Ele foi fechado, mas vários estados elevaram o gasto de pessoal acima da inflação. Isso tem sido recorrente. Nos últimos sete anos, o aumento real das despesas de pessoal nos estados foi de 31,58%.
Bancos Centrais devem considerar possibilidade de emitir moedas digitais, diz FMI
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta terça-feira (13) que os bancos centrais devem considerar a possibilidade de emitir moedas digitais.
“Uma moeda digital seria um passivo do Estado, como o dinheiro é hoje, não seria de uma empresa. Isso não é ficção científica. Vários bancos centrais em todo o mundo estão considerando seriamente essa ideia (de emitir moedas digitais), incluindo Canadá, China, Suécia e Uruguai”, afirmou Lagarde em um evento sobre fintechs realizado em Singapura.
"Acredito que devemos considerar a possibilidade de emitir moeda digital. Pode haver um papel do estado em fornecer dinheiro para a economia digital", afirmou.
Guardia diz que refinanciar dívida não resolve porque problema dos estados é despesa com pessoal
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, avaliou nesta terça-feira (13) ao blog que refinanciar as dívidas dos estados "não resolve o problema" porque a "questão central" é o aumento de gastos com pessoal da ativa e da inativa.
Segundo o ministro, enquanto o pagamento de juros girou em torno de R$ 20 bilhões em 2017, as despesas dos estados com pessoal superaram R$ 400 bilhões (em 2016, foram R$ 377,5 bilhões).
Presidente do Senado sinaliza brecha para votar reforma da Previdência
Mariana Haubert, O Estado de S.Paulo
14 Novembro 2018 | 00h45
BRASÍLIA - Antes resistente à votação da reforma da Previdência, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), sinalizou na noite desta terça-feira, 13, que há brechas para que a proposta ande no Congresso ainda este ano. A mudança de postura foi verbalizada logo após o senador ter recebido na residência oficial do Senado o futuro ministro da Economia do próximo governo, Paulo Guedes. O encontro foi solicitado pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que já havia se encontrado com Eunício pela manhã.
Congresso aprova liberação de cerca de R$ 18,5 bilhões para ministérios
Por Gustavo Garcia e Fernanda Vivas , G1 e TV Globo — Brasília
O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (13) a liberação de cerca de R$ 18,5 bilhões para diversos ministérios.
Em uma sessão conjunta, deputados e senadores aprovaram ao todo 19 projetos que abrem créditos para as pastas.
Com a aprovação nesta terça, os projetos seguirão para sanção do presidente Michel Temer.