Futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro é filha de cearense de Crateús
Uma virada à direita - FERNANDO GABEIRA
Ganhar a eleição é difícil; derrotar forças poderosas, mais ainda. Mas dificuldades começam mesmo quando se chega ao governo
A roda rodou. Já vi muitos presidentes, subindo e descendo a rampa. Um deles descendo ao fundo da terra, Tancredo. Collor chegando e saindo de nariz erguido. Lula com tantas promessas.
Itamar, encontrei antes da posse, no Hotel Sheraton. Ele ainda não era o presidente, e eu tentava convencê-lo de que seria. Conheci Itamar desde a Rua Halfeld, a mesma onde Bolsonaro tomou a facada. Era um homem decente, tomava religiosamente uma sopinha ao entardecer. Ousou assinar o Plano Real.
Agora, sobe Jair Bolsonaro. Não foi uma rodada simples, dessas em que PT e PSDB se revezam. Foi mais ampla, como foi a de 64, só que agora sem Guerra Fria, num contexto democrático.
Senti a ascensão de Jair Bolsonaro. Impossível ignorá-la correndo o Brasil, observando as redes sociais. Quando levou a facada em Juiz de Fora, pensei: facada e tiro, quando não matam, elegem.
Vitória de Bolsonaro quebra o sistema político
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante discurso na Câmara dos Deputados — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em conversa recente, antes do resultado eleitoral, o ex-presidenteFernand
Em conversa recente, antes do resultado eleitoral, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou decifrar o fenômeno Jair Bolsonaro(PSL), que já indicava ser vitorioso na disputa.
"Ele é a picareta da história", ou seja, a picareta ou martelo que iria quebrar o sistema político vigente – que, aos olhos de muitos, inclusive de FHC, estava envelhecido.
Na economia, a promessa era de um governo liberal que iria enxugar gastos e desfazer medidas tomadas pelos sucessivos governos petistas. Entre as ações prometidas, está a privatização de empresas estatais criadas nos últimos anos.
Sem pacto, por favor - José Nêumanne
Governo gastou R$ 20 bi em 2017 para manter empresas estatais
Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo
29 Outubro 2018 | 18h16
BRASÍLIA - Sem conseguir arrecadar recursos para bancar investimentos e até despesas operacionais, as estatais federais geraram um custo de R$ 20,175 bilhões ao Tesouro Nacional no ano passado, segundo boletim nesta segunda-feira, 29, divulgado pelo órgão.
O documento é um dos que serão entregues à equipe do presidente eleito Jair Bolsonaropara balizar o processo de transição. A maior parte dessas despesas ocupa espaço dentro do teto, e um corte nesses gastos poderia abrir caminho a repasses a outras áreas prioritárias.