Maia bate boca com líder do governo e diz que o excluiu de relações
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), bateram boca nesta terça-feira (21).
Antes de encerrar reunião com líderes partidários, Maia afirmou que tem sido alvo de ataques constantes do governo e de seu líder na Câmara, e que havia excluído o deputado de suas relações pessoais.
“Fui atacado e por isso exclui ele das minhas relações pessoais”, disse Maia, segundo líderes que participaram do encontro.
De acordo com relatos, o presidente da Câmara disse que, antes de encerrar a reunião, precisava expor um fato que havia ocorrido há alguns meses.
O presidente se referia a um episódio de março, em que o líder do governo criticou Maia e a "velha política". Na ocasião, o deputado enviou para correligionários postagens sobre supostas negociações de cargos nos governos Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) em troca do apoio do Congresso.
PT prega ‘reação’ a Bolsonaro no Nordeste
A polarização do Brasil nos extremos vai mostrando seus efeitos deletérios meses após a eleição. Enquanto bolsonaristas insuflam a realização de atos que têm entre as pautas ataques ao Congresso e ao Supremo, congressistas do PT reagem pregando nas redes sociais que cidades nordestinas se recusem (!) a receber a visita de Jair Bolsonaro ou lhe deem uma recepção hostil.
“O povo do Nordeste deu o recado ao Bolsonaro nas urnas em outubro e caso ele se meta a besta e tente visitar alguma cidade nordestina a recepção não será boa”, escreveu no Twitter o petista gaúcho Paulo Pimenta. No limite, o que o deputado defende? Está insuflando a violência de forma velada? Quando congressistas abrem mão de seu papel institucional para pregar a briga de rua perdem o direito a gritar contra arreganhos autoritários do lado de lá. É a marcha da insensatez. / Vera Magalhães
Caixa vai fazer mutirão para renegociar dívidas de 3 milhões de clientes
21 de maio de 2019 | 17h49
BRASÍLIA - O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou nesta terça-feira, 21, que o banco fará um grande programa de recuperação de créditopara tentar resolver dívidas de 3 milhões de clientes. A expectativa da instituição é recuperar pelo menos R$ 1 bilhão em créditos que já estavam fora do balanço, lançados como prejuízo.
"Vamos dar descontos de 40% a 90% nessas dívidas. São débitos de 300 mil empresas e 2,7 milhões de pessoas físicas. E 90% dessas dívidas são inferiores a R$ 2 mil", disse o presidente da Caixa ao chegar para reunião no Ministério da Economia.
É erro jogar população contra Congresso, como faz Bolsonaro, diz grupo de empresários
Jogar a população contra o Congresso e descredibilizar a política, como tem feito o presidente Jair Bolsonaro, é um erro, segundo Gabriel Kanner, presidente-executivo do Brasil 200, movimento que reúne empresários simpatizantes do atual governo.
"Não podemos incorrer no erro de jogar a população contra o Congresso e colocá-lo como o grande vilão da história, [como alguém] que só tem interesse financeiro em receber alguma contrapartida para aprovar a reforma. Não podemos negar o processo legislativo. Não acho correto dar essa impressão à população", diz Kanner.
Com nomes de peso do empresariado, como Flávio Rocha (Riachuelo) e João Appolinário (Polishop), o Brasil 200 entrou em 2019 com uma agenda pró-Bolsonaro, prometendo estimular a criação de 1 milhão de vagas. Hoje, porém, o presidente do movimento afirma que o grupo não vai participar das manifestações convocadas para o domingo (26) em defesa de Bolsonaro.
"A forma como surgiu essa manifestação foi um pouco nebulosa no nosso entendimento. Vimos pessoas com hashtags sobre invadir o Congresso ou fechar o STF. A nossa orientação é refutar qualquer tipo de pedido neste sentido", afirma Kanner.
Renúncia ou impeachment?
Após o segundo turno da última eleição, muitas vezes externalizei o temor que tinha da guerra ideológica sem fim que desde o início Jair Bolsonaro dava mostras de querer empreender. Porque se ele não conseguisse responder aos anseios daqueles que o elegeram —que não queriam propostas mas sim dar vazão à repulsa que sentiam da política e dos políticos—, essas mesmas pessoas, inflamadas pelas teorias conspiratórias de Olavo de Carvalho e seus seguidores, passariam a questionar a própria democracia e suas instituições.
Foi o que aconteceu. Mesmo depois de eleito, o governo continuou em campanha e, mostrando não ter a nobreza dos vencedores, nunca estendeu a mão aos seus opositores. Nos primeiros meses de governo, redes bolsonaristas começaram uma série de ataques ao Supremo Tribunal Federal, conclamando pessoas a ocuparem as ruas contra o STF.
'Se Câmara e Senado têm proposta melhor da Previdência, que ponham em votação', diz Bolsonaro
20 de maio de 2019 | 16h56
Apesar de considerar a proposta de reforma da Previdência do governo a mais adequada para ir à votação no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro convocou os descontentes com o texto a apresentarem suas versões. Em discurso na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Bolsonaro desafiou os parlamentares a apresentarem suas versões para solucionar a questão previdenciária.
"Se a Câmara e Senado têm propostas melhores que a nossa, que ponham em votação", disse Bolsonaro, sendo aplaudido pela plateia. "O que precisamos agora é a reforma da Previdência", completou.
Após o evento, o porta-voz da Presidência, Otavio Rêgo Barros, reforçou a mensagem do presidente, que não falou com a imprensa. "A proposta que o presidente identifica comoa melhor proposta é aquela que ele já levou ao Congresso Nacional. Não obstante, ele se coloca, sim, parceiro neste processo de discussão e de avaliação para, juntos, Congresso e Poder Executivo darmos um andamento àquilo que vai tirar o Brasil de um precipício que muito rapidamente se aproxima, conforme nosso ministro Paulo Guedes (Economia) já vocalizou em vários dos seus discursos", afirmou o porta-voz.