Plantio do algodão volta ao Cariri após quase quatro décadas
Produto que já foi considerado o “ouro branco” do Nordeste e que, a partir da década de 80, entrou em declínio na região semiárida brasileira, encontra, hoje, no Ceará, um novo lugar ao sol. Clima e solo adequados oferecem condições necessárias para desenvolver a cotonicultura no Cariri. A retomada se deu em 2018, quando um grupo de produtores decidiu apostar na cultura. Este ano, já houve um aumento na área cultivada e, para 2020, a perspectiva é expandir mais.
O algodão que, inicialmente, era cultivado de maneira rústica, ganha, agora, um modelo baseado no cultivo mecanizado de base empresarial. Ou seja, todas as operações, do plantio à colheita, são mecanizadas.
Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fábio Aquino, com este modelo, em 2018, “os custos de produção ficaram muito abaixo da média nacional, que está em torno de R$ 8 mil por hectare”. No Cariri, o custo foi de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil.
O pesquisador conta que o cultivo foi implementado buscando maior rentabilidade e sustentabilidade. “Produtores da região se organizaram e resolveram plantar uma área para teste. O sucesso do cultivo foi tanto que, em 2019, foram cultivados algo próximo a 800 hectares”, enfatiza o pesquisador. No ano passado, eram apenas 30 hectares.
Governador do RS anuncia que vai mexer em contracheque, carreira e Previdência de servidores
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), fez nesta segunda-feira (7) um pronunciamento de quase dez minutos sobre propostas que alteram a remuneração, a estrutura de carreiras e a Previdência do funcionalismo público do estado.
No pronunciamento, Leite falou em uma economia de R$ 25 bilhões em dez anos que poderão ser direcionados a investimentos públicos.
Algumas das medidas que serão enviadas à Assembleia Legislativa do estado buscam replicar no Rio Grande do Sul as reformas administrativas feitas pelo governo federal entre 1997 e 2001.
No pronunciamento, o governador adotou um tom de conciliação com os servidores, afirmando que as medidas serão discutidas com os deputados estaduais e entidades representativas.
Ciro retoma debate sobre a dívida dos consumidores
Marcelo de Moraes
Tebet: ‘Não somos meros carimbadores da Câmara’
Com senadores já admitindo que o segundo turno da reforma da Previdência irá atrasar e acontecer apenas no dia 22 de outubro, a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), defendeu a atuação dos senadores na tramitação da PEC. “A reforma chegou aqui e foi para CCJ no dia 8 de agosto. No segundo turno todos os prazos estão correndo. A reforma está dentro do prazo. Se vai votar quarta-feira ou dia 22, não mais importa. Ela tem que ser votada o dia que o governo tiver certeza que ela não vai ser mais desidratada”, disse a senadora para jornalistas.
Momentos antes, ela subiu na tribuna do plenário do Senado, lembrou que a Câmara ficou por mais de 180 dias com o texto e que os senadores não podem ser “meros carimbadores” das decisões dos deputados.
Ganho real de servidores chegou a 53%, em média, de 2003 a 2018
07 de outubro de 2019 | 11h10
Para sustentar a sua proposta de reforma administrativa, o Ministério da Economia realizou um diagnóstico detalhado da situação do funcionalismo, mostrando que o atual modelo não atendeu às necessidades da população, mesmo com uma carga tributária na faixa de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), a mais elevada entre os países emergentes.
LEIA TAMBÉM >STF desobriga Executivo de conceder reajuste anual a servidores, desde que haja justificativa
A partir da constatação de que a qualidade dos serviços públicos nas áreas de saúde, educação e segurança deixa muito a desejar, o estudo, obtido com exclusividade pelo Estado, aponta as enormes distorções existentes no sistema e traz comparações de gastos e de eficiência com outros países.
Marcelo Odebrecht confirma acerto em favor de Lula por financiamento do BNDES em Angola
Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Pedro Prata / O ESTADO DE SP
07 de outubro de 2019 | 18h11
O empresário Marcelo Odebrecht confirmou nesta segunda-feira, 7, o acerto de propinas ao PT em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, relacionados ao financiamento pelo BNDES de exportação de serviços do grupo em Angola, na África. Ouvido como delator pelo juiz federal Vallisney Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, disse que manteve o teor de suas delações e voltou a apontar contradições nos depoimentos do pai, Emílio Odebrecht.
O caso dos negócios da Odeberecht em Angola tem Lula como réu em dois processos penais abertos na Justiça Federal, em Brasília, resultado da Operação Janus – deflagrada em 2016 em desdobramento às descobertas da Lava Jato. O principal, que trata do suposto acerto de US$ 40 milhões de propinas ao PT pela liberação dos aumento da linha de crédito do BNDES, em 2010, que tem como alvos Lula e o ex-ministro Paulo Bernardo. O outro, é o que apura corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência contra o ex-presidente e Taiguara Rodrigues dos Santos, conhecido como “sobrinho de Lula”, em que foi ouvido nesta segunda, 7.