Prefeita de Oiapoque é alvo de busca em operação da PF por suspeita de desvio de remédios e testes de Covid-19
Operação Panaceia - Policia Federal na secretaria de Saúde de Oiapoque — Foto: PF/Divulgação
A Polícia Federal deflagrou na manhã deste domingo (14) a operação Panaceia para investigar o desvio de remédios e testes para o diagnóstico da Covid-19 no município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na prefeitura, na casa da prefeita Maria Orlanda Marques (PSDB) e na Secretaria Municipal de Saúde.
O G1 tenta contato com a prefeita da cidade, mas até última atualização desta reportagem não obteve resposta.
De acordo com a investigação, os desvios dos testes e medicamentos têm relação direta com a falta de remédios na rede municipal de saúde de Oiapoque. Os itens eram fornecidos a pessoas sem a comprovação médica da necessidade.
Na ação, ocorrida na Prefeitura de Oiapoque, na Secretaria Municipal de Saúde de Oiapoque e residências na capital e na cidade do interior, houve apreensão de testes para detecção da doença, máscaras e aventais de uso hospitalar.
Testes para detecção da Covid-19 apreendidos durante ação da PF — Foto: PF/Divulgação
Sobre a utilização indevida de ambulâncias e equipes móveis de saúde no atendimento a pacientes, a PF afirma que era feita sem "adoção de normas e critérios técnicos estabelecidos", o que prejudicava o fornecimento regular do serviço ao restante da população.
Não foi informado quais os outros alvos da operação. Eles podem responder por crimes de responsabilidade aplicados gestores municipais e vereadores, como apropriação ou desvios de bens públicos, utilização indevida de bens e serviços públicos.
As penas para os crimes, somadas, chegam até 24 anos de prisão. A operação Panaceia faz alusão à deusa da cura na mitologia grega, e hoje significa “remédio para todos os males”.
Maria Orlanda, prefeita do município de Oiapoque — Foto: Victor Vidigal/G1
Oiapoque é a 4ª cidade mais populosa do estado, com 20,5 mil habitantes, e está localizada no extremo norte do Amapá e do país, fazendo limite com município de Saint Georges, na Guiana Francesa.
As duas cidades têm relação comercial e social e direta e são divididas apenas pela Ponte Binacional Brasil-França, aberta em 2013.
Até o sábado (13), a cidade tinha 270 casos confirmados de coronavírus, sendo alguns deles em indígenas que vivem em aldeias da região.
Oiapoque tem 7 mortes pela Covid-19 e desde o início de junho parte dos testes dos moradores da cidade é analisada na Guiana Francesa, a partir de uma cooperação internacional.
Agentes durante operação Panaceia no município de Oiapoque — Foto: PF/Divulgação
Força-tarefa mira suposto desvio de recursos para a Covid-19 em Cabo Frio, RJ
Por Edivaldo Dondossola e Marco Antônio Martins, TV Globo e G1 Rio
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram nesta segunda-feira (15) a Operação Exam, contra um suposto esquema de desvio de recursos para a Covid-19 e na Saúde de Cabo Frio, na Região dos Lagos do RJ.
A PF e o MPF afirmam que as irregularidades podem ter causado um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos, "prejudicando o combate à pandemia do coronavírus na Região dos Lagos".
Agentes saíram para cumprir mandados de busca e apreensão em Cabo Frio e em endereços na capital, São Pedro da Aldeia, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Miracema - mais Vila Velha, no Espírito Santo.
São 28 alvos, dentre residências, empresas e órgãos públicos, sendo 14 pessoas físicas, 11 empresas e três órgãos públicos. Um dos locais é a sede da secretaria municipal de Saúde, em Cabo Frio.
Foram mobilizados 90 agentes da Polícia Federal e 15 da Controladoria Geral da União (CGU).
PF cumpre mandado na Secretaria de Saúde de Cabo Frio — Foto: Reprodução
A “Operação Exam” investiga desvios de recursos na área da saúde e do combate à pandemia em Cabo Frio, na Região do Lagos do Rio de Janeiro.
Segundo o MP Federal, a investigação começou antes da pandemia, com um aprocedimento do MPF, anterior à pandemia, que apurava licitações e contratos para a realização de exames laboratoriais
“O planejamento inicial era a realização de operações após passada a pandemia, uma vez que o MPF vem se colocando a favor de medidas restritivas, inclusive, quando for o caso, do isolamento social. Mas verificou-se a necessidade de se antecipar a ação", afirmou o procurador da República, Leandro Mitidieri.
Com a colaboração da Controladoria-Geral da União, a força-tarefa passou a inspecionar a aquisição e a distribuição de remédios.
No âmbito do inquérito instaurado na PF, as apurações recaíram sobre os recursos federais para combate ao Covid-19 no município.
PF, MPF e CGU fazem buscas na Secretaria de Saúde de Cabo Frio, na Região dos Lagos — Foto: Divulgação
Átila Jacomussi é alvo de operação que investiga irregularidades na contratação de hospital de campanha em Mauá
Policiais civis e promotores público do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizam na manhã desta segunda-feira (15) uma operação que investiga irregularidades na gestão do hospital de campanha de Mauá, na Grande São Paulo, que é administrado por uma Organização Social (OS). Um dos alvos da operação é o prefeito Átila Jacomussi.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Jacomussi e na sede da Prefeitura de Mauá, no gabinete do prefeito. Na dele, foram apreendidos dois celulares, um iPad, documentos e um notebook. O secretário de Saúde de Mauá, Luís Carlos Casarin, também é alvo da operação.
De acordo com as investigações, houve irregularidades na contratação emergencial da OS Atlantic Transparência e Apoio à Saúde Pública para a gestão e operação do hospital de campanha construído na cidade de Mauá para atender os pacientes com Covid-19. O valor da contratação do hospital foi de R$ 3,3 milhões para o prazo de 90 dias.
O Ministério Público apura se a OS Atlantic e a OS Ocean Serviços Médicos Ltda são a mesma empresa, já que funcionam no mesmo endereço. A Ocean já é investigada pela construção do hospital de campanha em Jandira.
Também há mandados de busca em Jundiaí, Caieiras e em São Paulo. São investigados crimes previsto na lei de licitações, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outros.
O prefeito Átila Jacomussi já foi afastado da prefeitura anteriormente quando teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores em setembro. No entanto, ele conseguiu voltar ao cargo após uma decisão judicial. Ele já foi preso durante uma operação da Polícia Federal suspeito de desvio de verbas de merenda.
Atila Jacomussi (PSB), prefeito de Mauá (SP) durante debate no estúdio do G1 em São Paulo - 27/10/2016 — Foto: Marcelo Brandt/G1
Em São Paulo, ao menos seis pessoas morrem em casa por dia
Fabiana Cambricoli, O Estado de S.Paulo
Ao menos 409 pessoas morreram dentro de casa com suspeita ou confirmação de covid-19 na cidade de São Paulo desde o início da pandemia, revelam dados da Secretaria Municipal da Saúde. Os números, referentes ao período de 16 de março (quando o primeiro óbito pela doença na capital foi registrado) a 21 de maio, representam 6,1 mortes em domicílio por dia, mais do que o dobro da média de mortes diárias em domicílio por problemas respiratórios observada em cinco anos anteriores, segundo levantamento do Estadão.
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De acordo com dados do portal Datasus, do Ministério da Saúde, o número médio de pessoas mortas em domicílio por doenças respiratórias na cidade de São Paulo foi de 2,8 entre os anos de 2014 a 2018, último período com dados disponíveis, menos da metade do observado agora entre vítimas da covid-19.
A maioria das vítimas com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus que morreram em casa, sem ter acesso à assistência médica, era idosa. De acordo com os dados da secretaria, 336 (82,1%) tinham 60 anos ou mais, das quais 240 eram maiores de 75 anos, a faixa etária mais afetada.
Apesar da predominância de mortes em domicílio entre os mais velhos, foram registrados ainda 41 óbitos em domicílio cujas vítimas tinham idades entre 50 e 59 anos, 20 mortes entre pessoas de 40 a 49 anos, e 11 entre menores de 40 anos – incluindo duas crianças. Uma morte não teve a idade declarada.
Quanto à região da cidade, os distritos com o maior número de mortes em casa foram Cidade Ademar, na zona sul, e Pirituba, zona norte, ambos com 11 ocorrências cada. Aparecem em seguida, com dez óbitos cada, os distritos de Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú (todos na zona sul), Cangaíba (zona leste) e Vila Medeiros (zona norte). “As mortes em casa que a gente atende são todas na periferia. Você quase não vê isso acontecer em bairros de classe média-alta porque é uma população que tem mais acesso a um médico e está mais atenta aos primeiros sinais da doença. Já as classes mais pobres são as que estão mais expostas e que encontram o serviço de saúde mais saturado”, contou ao Estadão um médico do Samu que diz estar atendendo mais casos do tipo nos últimos dois meses.
O profissional, que não quis ter o nome divulgado, relatou que as equipes do serviço de emergência já estavam habituadas, antes da pandemia, a atender algumas mortes em domicílio, principalmente no início da manhã. “Antes, geralmente eram idosos que tinham morte súbita enquanto dormiam e, quando o familiar ia acordá-lo, percebia que havia algo errado. Agora, continuam sendo principalmente idosos, mas atendemos mortes em domicílio o dia todo”, diz.
O médico socorrista conta que são duas as situações mais comuns que explicam as frequentes mortes por covid-19 nas residências: ou o paciente buscou uma unidade de saúde e, por não apresentar inicialmente tanta gravidade, acabou liberado a voltar para casa, ou ele nem chegou a ter tempo de buscar assistência porque teve uma piora repentina.
“A família geralmente relata que a pessoa já estava apresentando tosse, febre baixa e prostração (fraqueza), mas como eram sintomas leves, ainda não tinha ido ao médico. Só que é muito comum a pessoa estar com manifestações leves e ter uma súbita descompensação. De repente, ela afunda de vez”, alerta o especialista.
Ele diz que isso é comum entre os idosos, que já têm uma prevalência maior de doenças crônicas que agravam um eventual quadro de infecção pelo coronavírus. “Se o idoso já tem uma patologia e pega covid-19, o vírus descompensa as doenças de base e evolui muito mais rápido e de forma menos favorável”, diz o médico ao Estadão. “A chance dessa pessoa ter uma morte súbita em domicílio é maior. Se ela retardar um pouquinho a ida ao pronto-socorro, pode piorar repentinamente. Mas também não foram poucas as situações em que a família conta que o paciente tinha procurado o serviço médico. A verdade é que os hospitais acabam internando só os casos graves.”
Dados do Portal da Transparência do Registro Civil, que reúne números de cartórios, mostram que o fenômeno não é exclusivo da cidade de São Paulo. No mesmo período analisado (16 de março a 21 de maio), o País teve aumento de 15,8% no número de mortes em domicílio em relação ao registrado em 2019, considerando todas as causas, não só as respiratórias. O número de ocorrências do tipo passou de 36.263 em 2019 para 41.995 neste ano.
O escândalo da hidroxicloroquina: estudo contra foi mentiroso
“Tem pessoas defendendo a hidroxicloroquina porque gostam de Donald Trump e pessoas se opondo a ela porque não gostam de Donald Trump.”
“Este assunto deveria envolver dados, não opiniões, muito menos política. O mundo enlouqueceu.”
Impossível definição melhor do que a do médico catalão Carlos Chaccour, em entrevista ao Guardian, o mais tradicional jornal de esquerda da Inglaterra.
A simpatia ideológica do Guardian é mencionada para ressaltar o mérito da imparcialidade do jornal ao ser o primeiro a tratar de um assunto que saiu da medicina e caiu na política, com os péssimos e previsíveis resultados.
Aparentemente, a questão também pode ter sido manipulada por aproveitadores.
O estudo sobre a hidroxicloroquina que apareceu na revista médica The Lancet já foi chamado por um jornal indiano de um dos maiores escândalos científicos do século.
Indiano porque envolve dois autores originários da Índia, o cardiologista Mandeep Mehra, o diretor de um hospital importante em Boston, e Sapan Desai, criador de um agora suspeitíssimo site com informações médicas em tempo real chamado Surgisphere.
Motivo das suspeitas: dois estudos, com dados impossíveis ou desmentidos, um sobre a hidroxicloroquina, outro sobre um vermífugo também usado, em base emergencial, para pacientes com Covid-19. Ambos usaram o banco de dados da Surgisphere.
Sobre a hidroxicloroquina, os autores disseram que não apenas não tinha efeito positivo como aumentava a letalidade, em mais de 20% o que provocou um impacto enorme, inclusive por causa da politização do assunto e o desejo de deixar Donald Trump em apuros – com o equivalente brasileiro, claro.
Os perfis profissionais de pessoas no comando do site Surgisphere foram criados há apenas dois meses e incluem uma modelo de fotos de “conteúdo adulto”.
“Muitos pacientes leram a respeito. Milhares estavam fazendo os testes. Como poderiam continuar?”, disse Chaccour, o médico que já havia tido suspeitas sobre o estudo com a outra substância, o invermectin, também baseado num banco de dados improvável.
Em honra da ciência amparada na ética e nas práticas consagradas, o estudo foi imediatamente repudiado por médicos e pesquisadores, inclusive contrários ao uso da hidroxicloroquina.
A Organização Mundial de Saúde, cuja reputação foi arruinada sob o atual diretor, o etíope Tedros Adhanom, tomou a medida mais precipitada: anunciou imediatamente que estava suspendendo seu estudo internacional, o mais amplo, sobre a droga antimalária. Depois, voltou atrás.
Mais um vexame na conta da OMS, que se deixou alegremente enganar pelos chineses no começo da epidemia.
Tudo que foi escrito acima não significa que a medicação funcione ou não no tratamento de infectados pelo novo coronavírus.
Outro estudo recente, de Oxford, defende que é um medicamento inútil para tratar a Covid-19.
Mas é prudente saber como existem elementos e interesses comprometidos com outras causas que não a seriedade em relação a uma doença que já matou mais de 400 mil pessoas e derrubou a economia do mundo ocidental.
Os dados utilizados pela Surgisphere são simplesmente furados, como apontaram os pesquisadores e médicos que os denunciaram de imediato.
“Se achávamos que o nível de confusão sobre a hidroxicloroquina havia atingido o ápice, estávamos errados”, comentou o jornal francês Le Figaro.
A França é um dos países onde o assunto é mais controvertido por causa de um conhecido defensor do remédio para uso na Covid-19, Didier Raoult, um médico marselhês de cabelo comprido que já foi chamado de charlatão, entre outros xingamentos.
No começo de abril, Emannuel Macron fez uma visita a Raoult da qual nada transpirou.
O simples fato de que o presidente saiu de Paris, no auge da epidemia, já foi suficiente para provocar uma enxurrada de especulações.
“O castelo de cartas desabou”, comemorou Raoult sobre o estudo micado da Lancet.
A revista fez o que tinha que fazer e se retratou da publicação repleta de dados falsificados.
Três dos quatro autores também retiraram seus nomes.
Entre outras afirmações, o estudo dizia que tinha sido baseado em dados de 96 mil pacientes em 12 mil hospitais ao redor do mundo.
Como uma start-up iniciante poderia ter tido acesso a uma base de dados tão grande e variada, inclusive em hospitais africanos sem as mínimas condições de conectividade?
Entre as inconsistências: o estudo dizia ter analisado os dados de 600 pacientes e 73 mortos por Covid-19 na Austrália. Na data fornecida, havia 67 óbitos no país.
Um hospital australiano mencionado informou jamais ter tido contato com o banco de dados.
O cardiologista Mandeep Mehra, o autor principal , pediu verificação dos dados em que tinha se baseado para assinar o estudo.
“Agora ficou claro para que, na minha esperança de contribuir para essas pesquisas num momento de grande necessidade, não tive o rigor necessário com a base de dados”, desculpou-se.
Os dominós – ou cartas, como disse o médico francês – foram caindo.
Qual seria o interesse da start-up em se envolver em enganos que, inicialmente, escaparam do rigor da revisão pelos pares?
Sapan Desai, seu criador, é um cirurgião vascular baseado nos Estados Unidos. Sua reputação está destruída.
Além da politização a respeito de um medicamento – absurda, mas inteiramente de acordo com o atual espírito dos tempos –, existem interesses geopolíticos gigantescos em tudo o que se refere à pandemia.
A China tem um regime que certamente entende a extensão dos danos à imagem do país pela forma como manipulou as informações sobre o novo vírus.
Para recuperá-la, entre outras manobras, está distribuindo ajuda em máscaras e outros equipamentos – com MADE IN CHINA escrito bem grande – até via terceirizados.
Na competição pela vacina, que passa por uma uma espécie de geopolitização, a China pode até pular a fase final de testes de alguma de suas cinco candidatas e lançar uma novidade em setembro. De vilã passaria a benfeitora da humanidade.
A Índia, com sua enorme capacidade de produção de remédios, a maior do mundo em genéricos, aposta na hidroxicloroquina e outros tratamentos sem patente.
Políticos de todo o mundo podem ter seus destinos atrelados à doença e seus efeitos.
Estudos científicos e seus autores não são absolutamente imunes a interesses políticos, geopolíticos e financeiros – inclusive no financiamento de publicações médicas. E de universidades também.
Quem não quer ser enganado tem que ficar esperto. VEJA
Manifestantes lançam fogos de artifício em direção ao STF
Um grupo de manifestantes lançou fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal no fim da noite deste sábado, 13, em Brasília.
O protesto ocorreu no mesmo dia em que o governo do Distrito Federal desmontou um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. “Houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto”, informou a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, explicando que os manifestantes ocupavam área pública na Esplanada dos Ministérios, o que não é permitido, com um acampamento irregular.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram ameaças e xingamentos contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e ministros do STF: “Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda. Está entendendo o recado?”
Bolsonaristas simulam ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) após polícia retirar o acampamento denominado “300 pelo Brasil”
“Notaram que o ângulo dos fogos está diferente da última vez? Se preparem, Supremo dos bandidos!”
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, o grupo, que tinha cerca de 30 pessoas, realizou um culto na Praça dos Três Poderes antes de lançar os fogos.
Para evitar novas manifestações, o governador Ibaneis Rocha decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres até 23h59 deste domingo. Já a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que a Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar os responsáveis pelo ato.
A decisão leva em consideração as aglomerações verificadas na Esplanada nos últimos dias, que contrariam as normas sanitárias de combate ao novo coronavírus. Além disso, o decreto diz que parte das manifestações realizadas nessas aglomerações tem declarado conteúdos anticonstitucionais e há ainda “ameaças declaradas, por alguns dos manifestantes, aos Poderes constituídos.”
De acordo com o governo do DF, qualquer manifestação na Esplanada dos Ministérios poderá ser admitida, desde que comunicada com antecedência e devidamente autorizada pelo secretário de Segurança do Distrito Federal, cargo hoje ocupado pelo delegado da Polícia Federal, Anderson Gustavo Torres.
A organização e fiscalização do trânsito será feita pelo Departamento de Trânsito (Detran) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do DF. A fiscalização no local caberá aos órgãos de segurança pública.
Com Agência Brasil / VEJA