‘Aguardem que a benção virá’
Luiz Vassallo
23 Novembro 2017 | 05h06
A Polícia Federal identificou a atuação de pastores evangélicos para beneficiar uma organização criminosa investigada por golpes milionários que atingiram pelo menos 25 mil pessoas em todo o país. A Operação Ouro de Ofir foi deflagrada nesta terça-feira, 21, contra grupo que prometia lucros estratosféricos às vítimas em negócios fictícios envolvendo ouro ‘do tempo do Império’ e antigas ‘letras do Tesouro Nacional’. Sidiney dos Anjos Peró, alvo de prisão temporária, é apontado com um dos líderes e responsável por arregimentar pastores com o fim de ludibriar e tirar dinheiro dos fiéis.
Após parir Aécio, STF terá de embalar Picciani
Apenas um brasileiro em um milhão é capaz de entender a confusão jurídica que o Supremo Tribunal Federal provocou ao lavar as mãos no caso de Aécio Neves. Mas basta entrar em qualquer boteco de Copacabana que a encrenca está lá. A coisa ferveu depois que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tentou sumir com o sabonete no caso que envolve o deputado estadual Jorge Picciani e Cia..
Políticos na Lava Jato recebem punição mais dura do que empresários
O rigor das penas aplicadas pelos juízes que conduzem os processos da Operação Lava Jato em Curitiba e no Rio tem sido maior para políticos e ex-funcionários públicos corruptos do que para os empresários que pagaram propina em troca de vantagens para seus negócios.
A pena mais dura aplicada até agora pelo crime de corrupção ativa alcançou 8 anos de prisão, num processo em que o dono da Engevix, José Antunes Sobrinho, foi condenado junto com outros empreiteiros acusados de pagar R$ 4,4 milhões em suborno nas obras da usina Angra 3.
Toffoli critica PGR e se opõe a ação penal sobre desvios de R$ 37 mil
Rafael Moraes Moura/ Brasília
21 Novembro 2017 | 11h30
BRASÍLIA – O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, criticou na manhã desta terça-feira (21) a atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e se opôs à abertura de uma ação penal na Corte para apurar indícios de desvios de recursos públicos no valor de R$ 37,8 mil. Em um curto voto, Toffoli disse ter a impressão de que se transformar o âmbito do processo penal num “órgão de controle do ponto de vista da aplicação de recursos públicos”.
Ao restabelecer prisões TRF-2 dá aula ao STF
Em decisão unânime —5 votos a 0—, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região restabeleceu a ordem de prisão contra três caciques do PMDB do Rio de Janeiro: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Com essa decisão, os desembargadores do TRF-2 deram uma lição ao Supremo Tribunal Federal. Ensinaram o seguinte: quando a Justiça não faz da roubalheira uma oportunidade para impor a lei, os tribunais viram uma oportunidade que os larápios aproveitam.
Diretor da PF aponta dúvida sobre corrupção de Temer e critica PGR
O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, apontou dúvida sobre a conclusão de que houve corrupção por parte de Michel Temer no caso da JBS. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20), Segóvia criticou o pouco tempo dedicado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) à investigação do caso.
Seis meses - delação premiada
Ainda que frustrante, dificilmente poderia ser diverso o quadro dos resultados até agora produzidos pela delação premiada dos executivos da JBS. Seis meses depois de divulgado o acordo de Joesley Batista e seus associados com o Ministério Público, a apuração das irregularidades apontadas se desenvolve com lentidão.
Justiça do DF condena Renan Calheiros a perder o mandato e direitos políticos
A Justiça do Distrito Federal condenou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a perder o mandato e ainda suspendeu seus direitos políticos por oito anos por improbidade administrativa, motivada por enriquecimento ilícito e recebimento de vantagem patrimonial indevida. Quem deu a sentença foi o juiz Waldemar Carvalho, da 14ª Vara Federal. Renan pode recorrer da decisão sem deixar o cargo.
Polícia prende Ronan e procura mais três por propinas na gestão Celso Daniel
Luiz Vassallo e Julia Affonso
17 Novembro 2017 | 19h24
A Polícia de São Paulo prendeu nesta sexta-feira, 17, o empresário Ronan Maria Pinto, condenado a 14 anos de prisão por suposto envolvimento em esquema de corrupção instalado no setor de transportes públicos de Santo André, gestão do ex-prefeito Celso Daniel (PT), executado a tiros em janeiro de 2002. A Polícia deu voz de prisão a Ronan no Hospital Albert Einstein, onde ele deverá ser submetido a uma cirurgia de hérnia. Seu advogado, Fernando José da Costa, informou que já recorreu.
Justiça aceita denúncia contra Luiz Marinho e mais 15 por suspeita de desvio de recursos do Museu do Trabalhador
A Justiça Federal aceitou nova denúncia contra o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT) e outras 15 pessoas envolvidas na construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A obra recebeu verbas federais e municipais.