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Imposto dos tolos - ISTOÉ

Para fechar as contas e quitar de vez as dívidas, cada vez mais brasileiros apostam na sorte. Em tempos de crise, muitos recorrem ao sonho de ganhar na loteria para melhorar a situação financeira. Mas é preciso considerar as estatísticas por trás dos jogos. Organizadores dos jogos afirmam que quanto maior o prêmio, mais estimulados se sentem os apostadores. O desejo costuma ser tão grande que a maioria não pondera a realidade: recentemente a Caixa Econômica Federal revelou que a chance de ganhar sozinho na Mega-Sena é de uma em 50 milhões. Em contrapartida, dados apontam que acidente com um raio tem uma probabilidade de 1 em 1,5 milhões de ocorrer. Pode-se concluir, portanto, que é mais fácil ser atingido por uma descarga elétrica do que ganhar na Mega-Sena. Estatísticos afirmam também que apostar nos números mais comuns não aumenta as chances de vencer. Essa estratégia só faz crescer o número de pessoas para dividir o valor. Segundo matemático Davi Castiel Menda, que estuda os sorteios desde o primeiro concurso da Mega-Sena, em 1996, 90% dos apostadores são eliminados no primeiro número.

SKY-04-IE.jpg SONHO É mais fácil ser atingido por um raio do que acertar na loteria

A Caixa vem registrando uma arrecadação recorde. Em 2014, a loteria acumulou R$ 13,5 bilhões, um crescimento de 18,5% em relação ao ano anterior. Além da Mega-Sena, a loteria federal possui mais quatro tipos de apostas com prognósticos numéricos, ou seja, que dependem do sorteio de números específicos: a Lotofácil, Lotomania, Dupla Sena e a Quina. A Mega-Sena é um dos jogos mais difíceis e a probabilidade de levar a premiação é menor, pois quanto mais pessoas apostam, mais o prêmio acumula e maior se torna a concorrência. Os prêmios são pagos com dinheiro proveniente das apostas e por isso são variáveis. Porém, apenas uma pequena parcela retorna ao bolso dos apostadores. O gosto pela loteria coloca o Brasil no ranking de países em que as pessoas mais perdem dinheiro com jogos de azar. Um levantamento divulgado pela revista “The Economist” mostrou que os brasileiros perderam US$ 4,1 bilhões em 2014 em loterias e sites de apostas. Enquanto milhões de brasileiros perdem, o governo tem motivos para sorrir. Fica com 58,5% do arrecadado.

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