Cientistas desenvolvem preservativo que aumenta o prazer
Cientistas americanos e indianos criaram um preservativo que aumenta o prazer sexual e evita o contágio pelo HIV. Desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, a camisinha é composta por hidrogel (um gel composto principalmente por água) envolto em uma rede de antioxidantes que, em caso de rompimento, atacam o vírus HIV, impedindo uma possível infecção. De acordo com os pesquisadores, estes antioxidantes possuem propriedades estimulantes que atuam nas terminações nervosas e geram maior prazer sexual ao casal.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apesar dos avanços nas duas últimas décadas, milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso ou não utilizam a camisinha devido a barreiras psicológicas e tabus sociais. A expectativa dos pesquisadores é de que o novo preservativo incentive as pessoas a usarem proteção durante a relação sexual. Por não ser feita de látex, matéria prima da maioria dos preservativos disponíveis atualmente, a nova camisinha pode ser utilizada por pessoas alérgicas ao material ou que não se sentem confortáveis com ele.
Além disso, como a maioria das pessoas afirma abrir mão da camisinha por achar que ela reduz o prazer, os antioxidantes estimulantes resolveriam este problema. "Isto faria com que as pessoas comprassem um produto que as protege e torna a relação sexual mais satisfatória", disse Mahua Choudhury, pesquisadora da Universidade do Texas, à rede britânica BBC.
De acordo com os cientistas, o preservativo ainda é um protótipo, mas como a matéria prima (hidrogel e antioxidantes) está pronta, já existe muito interesse no mercado. Eles acreditam que em até um ano o produto deverá estar à venda. Como será fabricado em larga escala, estima-se que o custo não deverá passar de centavos de dólares.
A invenção é resultado de uma iniciativa da fundação de Gates para criar uma geração de camisinhas mais finas e eficazes. VEJA